quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Passional


Eu acredito no princípio do prazer. Não funciono só por obrigação. Acredito que na vida, pra fazer o que quer que seja, é preciso que haja paixão. Concordo com aquele que disse: escolha um trabalho que goste e não terá que trabalhar um dia na vida! Fazer bem feito nesse caso deixa de ser um fardo e se torna um prazer e fonte de realização.

Muitos costumam encarar o trabalho como apenas uma obrigação, uma responsabilidade chata. Não nego que no ambiente de trabalho somos submetidos a estresse, cobranças. Mas gosto de Freud quando ele diz que o homem completo é aquele que é capaz de “amar e trabalhar”, quando ele tem capacidade e maturidade de enfrentar problemas e canalizar sua energia produtiva em coisas prazerosas, seja num relacionamento ou na sua vida profissional. 

Eu gosto de me relacionar com as pessoas. Gosto de conhecê-las de várias formas. Gosto de aprender sobre coisas que interessam a elas, mesmo que não seja algo que me interesse diretamente. Acho que poucas pessoas se interessam por algo apenas porque isso é interessante para outro. Como as pessoas podem se interessar em conhecer o que o outro gosta se na maioria das vezes eles não param pra pensar e realmente descobrir: “o que eu gosto de fazer”?! 

O ponto não é todos terem o mesmo gosto, mas todos gostarem do que fazem. Algumas pessoas encontram a felicidade sozinhas, outras no casamento e em construir uma família. A beleza está exatamente em ver que as mais diferentes escolhas formam uma rede complementar que faz as coisas funcionarem, onde cada um tem seu papel e é importante para o funcionamento do todo. É perceber que, mesmo limitados, os humanos podem fazer coisas grandiosas movidos por uma idéia, por um sonho. Eu acredito nas pessoas!

Para estar bem com o mundo é preciso estar bem consigo mesmo. A felicidade vem de dentro e você reflete essa alegria que de alguma forma volta pra você. Você dá de si e recebe do outro. Eu gosto de me sentir útil. Eu me realizo em me relacionar com as pessoas. Acho que ninguém é completamente feliz sozinho, sem ter com quem compartilhar a felicidade. É preciso amar. 

Não se trata de dar importância a títulos ou diplomas. Eu me sinto feliz por fazer o que gosto. Me sinto feliz por te conseguido alcançar um objetivo, concluir algo que me propus a fazer. E é muito bom saber que posso me realizar também numa profissão em que me sinto útil às pessoas. É uma realização individual que me faz sentir útil num nível coletivo. Poder aliviar, ainda que de maneira limitada, o sofrimento de alguém é o que pode haver de mais gratificante. 

Todos somos a soma de várias partes, de vários gostos. Dentro de mim há amor suficiente pra ainda amar muito. Espero sim um dia estar realizada como mulher, mãe, profissional. E se no meio do caminho algo der errado, perdoem-me, pois meus crimes são todos passionais.

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Julho foi um mês de muitos acontecimentos marcantes, dramáticos, significativos --- entre eles a minha FORMATURA =D --- Julho merecia ter tido posts à altura. Eu planejei isso. Mas, por motivos mais fortes que eu e por coisas que fugiram totalmente ao meu controle, não aconteceu. 
Agora é Agosto, mês em que o blog completa 2 anos, que já se despede... e eu não podia ficar sem postar. O último texto que postei no Meu Lugar --- pra quem ainda não sabe, o meu antigo blog no LiveSpaces --- falava de algo que tem tudo a ver com o post que  eu queria fazer hoje. E, sim, esse é um post inevitavelmente pessoal.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Hello Stranger!


O que te trouxe aqui? Uma busca por uma imagem bonita ou por alguma coisa interessante nessa grande teia mundial... Falta do que fazer... Curiosidade, talvez. O fato é que agora você está aqui. E por algum motivo ainda está lendo esse texto. Agora é possível que muitas perguntas estejam passando na sua cabeça. E, lamento dizer, mas acho que não é aqui que encontrarás às respostas a elas. 

Bem, se algumas suas das perguntas são: "quem é essa louca que escreve aqui?" ou "de que se trata esse blog?" These are easy ones. Se quer mesmo descobrir, então aviso: é preciso ter 'ouvido capaz de ouvir estrelas e amar para entendê-las'. Assim, tenha paciência ao se deparar com textos longos, imaginação ao passar pelos curtos e coração para sentir todos eles.

Ah.. não se assuste com esse meu hábito de de repente começar a escrever em inglês. Nem sempre é fácil transliterar idéias. Os textos apenas obedecem ao fluxo do pensamento e sentimentos não respeitam fronteiras idiomáticas. Há lugar para o estrangeirismo, mas, na verdade, prefiro mesmo os neologismos. Palavras são minha paixão, não importa em que língua.

É preciso também perdoar essa minha mania de fazer milhões de citações e referências quando escrevo (E admito que espero que tenhas também um pouco de conhecimento para percebê-las sem que eu precise ter o trabalho de listá-las. Senão, qual a graça?Será mais fácil se amares música e tiveres paixão por livros! Que encares a vida quase como um filme. E aprecies o registro de toda a sua beleza nas fotos. Aviso que o Chico, o Renato, o Caetano e o Agenor de Miranda Araújo Neto serão figurinhas fáceis aqui.

Faz-se necessário que não julgues o meu amor pelo Pequeno Príncipe, nem meus assaltos ao Caio e à Clarice, se nunca nem ao menos lestes alguma de suas páginas. Ou correrás o risco de ver-me muito brava. Mas, fique calmo, normalmente não mordo sem primeiro ter conquistado intimidade pra isso.

É necessário que não confies nas tuas primeiras impressões, nem sobre mim nem sobre os meus textos, afinal, o título do blog deixa uma certeza: aqui encontrarás paradoxos. É proibido pedir explicações. Contudo, depois de duvidares e remexeres os sentimentos além das palavras, aqueles escondidos nas entrelinhas, dou-lhe o direito de acreditar nas suas impressões - pois sempre levo muito a sério as minhas. 

Posso parecer-lhe louca, ou, quem sabe, boba. Um pouco ingênua. Talvez apaixonada. Triste. Um tanto nerd. Crítica. Sonhadora. Acho que pareço muitas coisas. Posso ser todas elas. Ao mesmo tempo ou não. Resta a você entender que há metáforas disfarçadas de verdade e verdades disfarçadas de metáforas. 

Seja gentil nos comentários, principalmente com a língua portuguesa. E, lembre-se, você tem o direito de discordar de mim.

Sonhe o quanto for preciso. 
E seja sempre bem vindo.

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Caso, por algum motivo, queiras ler mais desta que vos escreve, sinta-se bem-vindo também ao Cartas pra Ninguém

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Fones de Ouvido


Contrariando as leis da física, ela podia estar em dois lugares ao mesmo tempo. Aprendeu a se desligar do mundo ligando o som. Aprendeu que podia viajar para onde quisesse sem sequer sair do lugar. Esquecia-se do mundo enquanto por ele estava sendo esquecida. Construiu um mundo só seu, o qual visitava com frequência. Sempre que queria escapar do trânsito, do caos, do barulho ensurdecedor que atordoava os pensamentos. Era sua companhia mais constante. Era sua fuga do mundo real. Era sua máquina do tempo portátil. Era paz movida à bateria. Era música para seus ouvidos. 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Farsa

Sou silêncio onde sobram palavras.
Sou uma maquiagem bonita em cima de cicatrizes profundas.
Eu sou máscara de riso em cima de cacos de um coração partido.


Sou a que faz parecer fácil quando difícil.
Sou a que acredita, mesmo duvidando.
Sou a que abraça mesmo quando precisa de colo.
Sou a que diz 'vai se quiser' desejando que fique.

Sou gestos que mentem e olhos que entregam.
Sou remédio que envenena.

Sou mulher com ares de menina.
Sou dor que teima em ser amor.
Sou riso que disfarça o pranto.
Sou tanto que nem sei o quanto.

...

Temo que sou uma farsa.


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trilha sonora: 'farsa' de zeca baleiro na voz de nila branco

terça-feira, 1 de maio de 2012

De noite na cama


Deve existir alguma lei universal que diz que a inspiração virá te visitar justamente quando você desligar o computador, guardar todos os cadernos e, lógico, apagar todas as luzes. Ela virar fazer você rolar na cama e vai perturbar teu sono. É quando você estiver perfeitamente acomodado no travesseiro e pronto pra sonhar que ela te acordará e te mostrará as palavras perfeitas, a rima rica, os argumentos irrefutáveis, as conclusões brilhantes. Não, não durante o dia. Não enquanto você espera. Não enquanto você procura. Não quando tiveres tempo livre na agenda. Ela virá nas horas inconvenientes. Não virá insistindo em apressar as coisas,  forçando um parto prematuro, pois é como fruta que precisa amadurecer no pé. Idéias precisam de tempo e terreno fértil. Inspiração é feita da mesma matéria que o amor. Brota do mesmo terreno dos sonhos. De noite, na cama. Até você aprender que os melhores sonhos acontecem antes de dormir. 


"Agora de noite, na cama, eu fico pensando....
...se você me ama, e quando."*

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*trecho de 'de noite na cama' de caetano veloso

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Impessoal *


Meu caso de amor com as palavras começou desde muito cedo. Passei a enxergar nelas a possibilidade de me comunicar com o mundo, declarar meus sentimentos, usar minha criatividade, ter uma identidade. Lembro da primeira vez que escrevi o meu nome – era eu, ali, identificada no papel. Lembro dos primeiros cartões que emocionavam meus pais e amigos, mesmo contendo apenas poucas palavras ainda rabiscadas...

Pra quem sempre gostou de ouvir historias, não era difícil gostar de contá-las, escrevê-las. E o que começou com a básica narrativa, foi progredindo para formas mais complexas.

Durante anos e anos no colégio, somos apresentados à literatura e aos seus vários conceitos, estilos e funções. Fábulas, crônicas, contos... Assonâncias, aliterações, antíteses, metáforas... Conotações... Verso e prosa.. Rima e métrica. E a cada novidade que eu aprendia, mais eu me empolgava.

Minha primeira paixão foram os poemas. As rimas vinham fáceis. Nas noites sem sono, tudo virava inspiração: estrelas, saudades, amigos, livros... Mas, por algum motivo, me afastei da poesia; parei de escrever.

Na preparação pro vestibular, o que passa exigir nosso empenho e atenção são as redações. Precisamos seguir os padrões. Estruturação do tema, ter coesão e coerência, argumentar e sempre concluir brilhantemente, sem ultrapassar as 25 a 30 linhas. E o mais importante: aprender a fazer tudo isso de maneira impessoal, mesmo quando se defende o próprio ponto de vista.

Eu nunca compreendi muito bem como se podia estabelecer um numero de linhas se cada um tinha um tamanho de letra diferente. E, enquanto alguns colegas sofriam pra atingir a cota mínima, eu facilmente ultrapassava o limite delas; e sempre acaba fazendo contorcionismos pra tudo caber ali.

Páginas e páginas aprendendo a ser impessoal – usar apenas terceira pessoa ou no máximo a segunda pessoa do plural – o ‘eu’ não existe. Exige treino, esforço, controlar as palavras pra manter o tom jornalístico, fático.

A minha professora me dizia pra evitar os períodos longos... cheios de apostos [eternos parênteses dentro de parênteses...]. Às vezes eu não entendia porque, se me parecia que era necessário muito mais domínio para escrever frases bem elaboradas e ricas que curtos períodos. Comecei a aprender o poder das frases curtas – declarações diretas, mas, não menos belas.

Aprender a escrever sem ser identificado. Usar do masculino e nada de pronomes muito pessoais. Cheguei a perder ponto em uma redação porque usei o pronome “você” na conclusão de uma forma que a professora disse sugerir “tentativa de comunicação com o leitor” – que seria o corretor da prova, portanto, algo proibido no vestibular.

Aprendi a dominar a arte da redação. Mas algo me fazia falta.

Num ambiente onde eu me sentia reprimida, de repente os diálogos ficaram complicados. Não podia demonstrar algumas emoções. Não podia simplesmente chorar. Era difícil me expressar. Quase proibida de sentir. Percebi que haviam muitos sentimentos dentro de mim e que eles precisavam sair. Eu precisava me expor. Precisava me sentir reconhecida nas minhas palavras. Precisava registrar meus pensamentos. Precisava não me limitar. Precisava ser vista como indivíduo. Deixar subentendido não era suficiente. Senti falta de escrever. Me gritar, ainda que ninguém fosse ouvir. No papel eu podia ser eu; escrevia pra mim; meu diário de bordo.

Fugi das formas fixas e, por hora, abandonei a rima e a métrica, que às vezes me limitavam e nem sempre me deixavam dizer tudo que eu queria. [Admiro àqueles que dominam o desafio das formas fixas e conseguem dizer tanto em poucas linhas!] Me entreguei à prosa. Conscientemente tive que reaprender a ser EU. Abandonar o sujeito indeterminado e indefinido. Deixar de usar tudo no masculino. Esse último ponto foi especialmente difícil [e até hoje é] porque costumo dizer que meu eu-lírico é masculino; transcreve sentimentos humanos, que não se restringem a gênero.

Aos poucos, reaprendi a falar de mim e a, sem culpa, falar de nós. A conversar comigo e com quem lê [assim como fazia o escritor do meu livro de Historia que sempre fazia parecer que ele nos via, que imaginava o que passava pela cabeça do “amigo leitor”]. Me conto e gosto de ser pessoa, ser social, interagindo, despertando emoções, reflexões, atingindo o outro, ainda que nem sempre escreva pra um alguém com rosto. Às vezes fantasias, e eu sou personagens de historias que nem vivi, escrevo sobre sentimentos que eu mesma desperto em mim. Invento contos e crônicas. Escrevo pra mim. Escrevo pra aliviar. Escrevo pra esquecer. E é sempre pessoal, porque sou sempre eu, no que penso, no que temo, no que sinto ou imagino. E sempre que uso o “você” é pra realmente me comunicar com quem está lendo, pra estar mais perto, pra ser sempre pessoal, pra tocar, pra fazer sentir. 

Voltei até mesmo a escrever poesias, muitas vezes sem rima ou métrica, apenas deixando levar pelo sentimento, pelo som, pelo ritmo. [Ah! Maravilha da poesia moderna, de textos quase concretos, tão próxima da música.] E passei a me sentir orgulhosa de mim, não por ser bom, mas por ser eu, até a última gota de tinta.

É com orgulho que hoje escrevo – com desinência verbal de primeira pessoa do singular. É uma conquista, um crescimento, um aprendizado. Talvez por isso me permito ser lida, comentada, criticada. E digo: me peça tudo, menos pra ser impessoal.

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Texto originalmente postado em Meu Lugar em 01/11/09

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Momento (Fragilidade) *

Era aquele momento, como um quadro em movimento.

Ela ali, diante dele. E pouco importava que ela não estivesse no seu vestido mais belo. Aquela camiseta fazia-lhe tão linda. Nos seus braços ele a tinha. Mas desejava antes cuidá-la que possuí-la.

Passou-lhe a mão pelos cabelos ainda molhados, até a nuca. Acariciou seu rosto, secando-lhe as lagrimas que ainda desciam. Sentiu seu semblante serenar. Tudo que podia e queria era beijá-la. Beijou-a com um beijo suave, que se tornou intenso.

Seus lábios ainda trêmulos... avermelhados... ainda salgados das lagrimas que corriam pela sua face... daqueles olhos... Os olhos mais bonitos que já vira. Tão profundos... apaixonados, confusos, sedentos...

Ela era sua. Estava em seus braços. Indefesa. Entregue. Deixava-se beijar.

Enquanto as mãos dele nas costas dela pressionavam-na contra seu corpo, seu peito... Ele sentia-a em si... sustentava-a como se estivesse prestes a cair, despedaçar-se enquanto se deixava pesar... frágil.

Ela se sentiu segura. Amada. Mulher.

Nos dele braços sentia-se tão confortável. Parecia-lhe o seu lugar. Onde sabia se encaixar e cabia perfeitamente.

Queria que aquele momento durasse para sempre.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Originalmente postado em "Meu Lugar" - meu antigo blog - em 03/04/09
ps: Feliz Dia do Beijo! #beijomeliga ;]

quinta-feira, 22 de março de 2012

Ato de Significação [2]

Do you know?

.De alegria.De emoção.De nervoso.Pra contagiar.Pra apaixonar.
.Mesmo na dor. O importante é sorrir! #sempalavras

segunda-feira, 12 de março de 2012

Coração


Aquele lugar parecia abandonado há um bom tempo. Objetos cobertos, cantos empoeirados, janelas fechadas que só deixavam entrar pequenas frestas de luz por entre rachaduras. Não pediu permissão. Apenas entrou. Achou que seria notada logo de cara, pois o rangido da porta, que há muito não se abria, chamaria atenção mesmo dos desatentos. Mas não foi. 

Achou interessante tudo ali. A princípio parecia apertado, mas até que era bem espaçoso. Forçou um pouco e com jeito conseguiu destravar as janelas. Que mudança! Milagres acontecem quando se deixa a luz entrar. Uma boa faxina era o que precisava para colocar cada coisa em seu lugar.

Sem pressa começou a espanar a poeira dos móveis e recolher 'os tais caquinhos' espalhados pelo chão. A arrumação dá trabalho, mas vale o resultado. Pintura nova nas paredes e aos poucos foi redecorando o lugar. Cada dia levava uma novidade e inevitavelmente foi colocando ali um pouco de si. Da sua vida, da sua cor, do seu riso.

Quando se deu conta, daquele lugar, antes abandonado e empoeirado, fez um lugar confortável. Tornou-o um lar. Não tinha como negar, aquele coração havia voltado a pulsar.

Esquece as placas. Aqui agora já é meu lugar.


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Por algum motivo, as imagens desse clipe vieram a minha cabeça enquanto eu escrevia esse texto. Quanto à imagem, créditos ao Flávio no Life on a Draw, onde tem muito desenho legal #ficadica

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Questionamentos


“So many questions..I need answers...”

Qual o problema de querer ter tudo?
Por que sempre tem que se abrir
mão de algo? 
Por que não ter tudo?
Por que não fazer tudo?


Por que não o doce e o salgado?
O amigo e o namorado?
O dourado e o prateado?
O liso e o estampado?
Por que não o cinema e o teatro?
O scarpin e o sapato baixo?
  

Por que as pessoas desistem?
Que instinto de sobrevivência é esse? Que defesa?
Medo de sofrer? De criar expectativas e se frustrar?
Abrir mão pra não perder?

O que vale mais a pena?
A intensidade da ilusão ou tristeza da realidade?
O riso de uma mentira ou a lagrima de uma verdade?

Talvez muitas desas perguntas eu não saiba responder...
Eu me faço a maioria delas constantemente...
Mas, pelo menos hoje, eu quero que baste dizer isso: não sei!

A fase do ‘não sei’ traz uma certa impaciência, 
uma vontade de não dar explicações...


"Hoje não dá
Hoje não dá
Não sei mais o que dizer
E nem o que pensar [...]
Mas hoje não dá
Hoje não dá
Vou consertar a minha
asa quebrada
E descansar [...]
Quero voar pra bem longe 

mas hoje não dá [..]
Só nos sobrou do amor
A falta que ficou"

[Os Anjos – Legião Urbana]